Tudo o que você precisa saber sobre Networking em 3 passos.

Todos sabemos que historicamente quem possuía uma boa rede de relacionamentos obtinha, logo de cara, maiores e melhores chances de trabalho e evolução na carreira. O círculo de amizades fazia a diferença. Claro que este benefício era melhor aproveitado se você possuísse um bom rendimento no trabalho e, claro, fosse competente. Eu mesmo me beneficiei disso ao iniciar a minha carreira.

A diferença daquela época (onde a Internet era apenas uma criança) e hoje é que as ferramentas disponíveis para a criação e manutenção do seu networking estão consolidadas e fazem parte do dia a dia de todos nós. Redes sociais que vão desde o Facebook, Google+ e LinkedIn podem auxiliar quem quer trabalhar a conseguir uma vaga de destaque. Basta enviar uma mensagem para nosso amigo e as chances, se houverem as condições necessárias, aparecerão.

Só que fica uma pergunta: Estamos fazendo o networking da forma correta? A resposta é: não. A distância não tão distante que as redes sociais nos deram trouxeram facilidades. Porém, a relação ficou mais fria. O networking do passado era diferente e seus fundamentos podem – e devem – ser utilizados até hoje para criar uma rede de relacionamentos forte, ativa e consolidada.

Se você não fez parte dessa old school do networking, fique tranquilo. Falaremos disso abaixo.

A proximidade entre pessoas não se dá apenas por meio de um ‘like’ do Facebook ou um ‘invitation’ do LinkedIn. Atrás dos monitores existem pessoas que reagem como pessoas. Naturalmente, somos sociáveis e vivemos em sociedade e a Internet e as redes sociais economizaram um item importante nesta socialização: o contato pessoal. Estamos mais distantes e frios uns com os outros.

O verdadeiro networking é dividido em 3 passos bem distintos. São elas: Ativação, Apresentação e Aproximação. Vamos a eles:

Passo 1 – Ativação

Aqui a Internet e as redes sociais nos dão um apoio fantástico. A Ativação consiste em utilizar um amigo ou contato para chegar a pessoas interessantes e possíveis novas conexões em nossas redes. A análise das redes de contatos de nossos amigos é a base para o crescimento da nossa própria rede.

Por exemplo: você tem um amigo que conhece alguém (que você não conhece) e esta pessoa compartilha conhecimentos e opiniões similares às suas. Ela, portanto, seria uma boa conexão para a sua rede. Chega a hora de pularmos para a fase 2 da criação do networking: a Apresentação.

Passo 2 – Apresentação

Nesta fase você entra em contato com a pessoa que é amigo em comum (seu e da pessoa com quem você quer se conectar) e pede para ser apresentado. Esta apresentação pode ser, por exemplo, um e-mail, um comentário ou uma mensagem informando que você fará contato para ‘trocar uma ideia’. Esta introdução prévia quebrará o gelo entre você e seu novo contato e, por fim, facilitará a construção da sua rede de relacionamentos.

Ao enviar o pedido de conexão (no LinkedIn) e este ser aceito, envie um e-mail de agradecimento. Informe o porque você quis se conectar com aquela pessoa. Conte brevemente seu histórico profissional e se disponha a ajudar sempre que necessário. Utilize esta norma de etiqueta sempre. Isso fará de você uma pessoa interessante.

Atualmente a criação das redes de relacionamentos chega somente até este ponto. As vezes a apresentação pode nem ocorrer e as pessoas terminam por se conectarem apenas pelo número de conexões em suas redes ou pela descrição dos seus cargos no LinkedIn. Uma falha grave.

Já presenciei casos onde conexões eram feitas porque ‘a pessoa é CEO da empresa’. #fail.

Porém nós somos pessoas diferentes e construímos nossos relacionamentos em bases sólidas. Fazemos a ativação dos contatos e pedimos apresentações. Uma vez feito isso, podemos passar para a parte mais importante da criação da nossa rede: a Aproximação.

Passo 3 – Aproximação

Aqui, conforme falamos acima, moram as raízes do networking tão utilizado na old school pré Internet.

Ao entrar em contato com a pessoa por meios virtuais, agende um almoço, um café ou um bate papo presencial. Esta aproximação é fundamental para que as impressões criadas pelo contato virtual sejam verificadas pessoalmente.

Pergunte-se: Você contrataria uma pessoa sem conhecê-la pessoalmente? Claro que não. E porque você monta sua rede de relacionamentos com base apenas na descrição de um perfil de rede?

O papel das redes sociais é fundamental e simples: estreitar os relacionamentos e facilitar o contato com pessoas distantes. Porém, o contato pessoal para novas conexões é essencial. Aproxime-se e complete o ciclo.

Imaginem um mundo onde todas as conexões são apenas virtuais. Este mundo se tornaria impessoal e, mesmo conhecendo milhares de pessoas, ao final, você estaria sozinho. Estas dicas de networking valem também para relacionamentos não profissionais e em todas as redes sociais. Vivenciar presencialmente as amizades que temos é uma forma de desafogo do stress do dia a dia.

Portanto, utilize o mundo frio dos monitores aliado à experiência pessoal. Isso fará a maior diferença.


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